Blog Action Day

Ao tentar pensar num post para participar no Blog Action Day, há uma série de assuntos importantes e pertinentes que me vêm à ideia.
Mas quando os analiso percebo rapidamente que todos têm um ponto em comum – o desperdício.
Penso que este é o grande mal das sociedades modernas e industrializadas, que leva a todas as atrocidades cometidas contra a saúde do planeta.
Vivemos numa sociedade em que tudo vem envolto em desperdício (leia-se embalagens e mais embalagens), em que não se fomentam as trocas, em que não se dá valor ao que já não se precisa, mesmo que seja útil a todos.
Todos os dias desperdiçamos comida, desperdiçamos electricidade, desperdiçamos água – o bem mais precioso e infelizmente mais mal utilizado.
Algumas das práticas comuns cá em casa, que apesar de parecerem simbólicas, acredito que mudem alguma coisa – afinal de contas somos 6 pessoas e além do mais acredito que estou a passar uma mensagem diferente aos meus filhos, para quem todas estas rotinas são já o mais normal dos comportamentos:

– Há um alguidar no lava-loiças onde se aproveita todas as águas sujas para rega;
– As máquinas de loiça e roupa são postas a trabalhar com carga máxima;
– Os banhos são curtos e com ensaboadelas de torneira fechada e os mais pequenos tomam banho juntos;
– Os dentes também são lavados com torneira fechada;
– Temos um temporizador na caldeira da água, que a acende e apaga automaticamente;
– Desligamos os electrodomésticos nos interruptores e nas fichas;
– É raríssimo usar a função de secador na máquina da roupa;
– A roupa é aproveitada entre irmãos, primos e amigos, e aquilo que já não usamos damos a quem use;
– As folhas de papel são sempre escritas dos dois lados e reutilizamos todos os bocados de papel;
– Todas as embalagens de cartão são aproveitadas para os moldes do patchwork e para os miúdos fazerem colagens;
– Só fazemos compras nos supermercados ao pé de casa, onde vamos a pé, de forma a não gastar combustível desnecessário e de trazer coisas desnecessárias para casa, e sempre de lista de compras religiosamente na mão, e claro – com saco reutilizável em qualquer sítio onde faço compras;
– O pai da família vai para o trabalho de bicicleta.

São apenas pequenas atitudes que parecem insignificantes, mas se fossem seguidas por todos os habitantes dos países consumistas e industrializados fariam  certamente toda a diferença.
Basta ter vontade de mudar :)

5 Comments

  1. olá rita, bem sou daqui de são paulo, brasil e hoje me lembrei de você ao almoçar… vejo o seu blog quando posso e sei que esta fazendo os livros de tecidos tão lindos para seus filhos…….daí a lembrança, a calhar no almoço a reportagem no sptv da globo falava de uma professora que se utiliza de materiais recicláveis para preparar as aulas de arte para alunos surdos,e mostrava o livro de histórias que ela havia produzido, era feito de embalagem de tetrapac por dentro para dar sustentação e encapado com um tecido por fora e depois feito uma colagem neste tecido…desta forma ela alfabetizava seus alunos na lingua portuguesa tb.
    dái me lembrei que tb é artista de livros não? foi uma boa lembrança que tive, parabéns por sua iniciativa no blog , sobre os textos e faturas, abraços
    gabriela carrasco

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  2. Aí está um bom exemplo. Por cá, também fazemos o possível para minimizar custos: os cartões das embalagens do leite servem de base para enrolar os galões da loja
    :)
    Só tenho pena de não poder ir trabalhar de bicicleta…

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  3. Olá Rita,

    Já há algum tempo que leio o seu blog e nunca me tinha manifestado, mas as questões ambientais deixam-me sempre um pouco em polvorosa desde que vivo em Portugal e a Rita disse uma coisa muito pertinente no seu post “…são apenas pequenas atitudes que parecem insignificantes…”…mas que não são.
    Vivi muitos anos na Alemanha e outros tantos em Inglaterra e a atitude das pessoas nestes dois países é completamente diferente em relação ao ambiente, porque efectivamente acreditam que pequenas gestos trazem consigo o poder da mudança. Não precisamos de querer mudar o mundo nem de realizar actos grandiosos, basta começarmos por mudar o que fazemos mal em casa e depois dar mais um passinho e tentar sensibilizar a nossa família mais alargada, o nosso círculo de amigos, os vizinhos e depois, quiça, passarmos à nossa pequena comunidade e por aí fora. Mesmo que repensemos apenas os nossos actos quotidianos e os mudemos para melhor, estamos já contribuir para a mudança. Bem haja Rita pelas muito boas ideias e interessantes assuntos que foca no seu blog.
    L.

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