quilting in a small scale


Os melhores presentes não são necessariamente os maiores.
Este Natal, recebi da minha avó algarvia (que só vejo duas vezes por ano) duas pegas de patchwork feitas por ela há mais de 40 anos.

Já tinha algumas dessas, que lhe raptei de casa, onde estavam esquecidas numa gaveta.
Fiquei muito surpreendida quando me trouxe mais estes dois tesouros porque pensei que já não havia mais.
Tenho-me apercebido que no Algarve há uma grande tradição de patchwork português, e muitas das senhoras que ainda se dedicam a ele ainda são de lá.
Da minha avó, apenas sei que era costume fazer estes pequenos objectos como forma de aproveitar todos os retalhinhos, e para colmatar a miséria das vidas difíceis na serra algarvia.
Não consegui foi perceber de onde vieram os tecidos – são mesmo “restos”, segundo ela.

Quanto a usos, claro que são demasiado preciosas para um uso diário na cozinha e prefiro usá-las como base para as chávenas de café.

De outra (tris)avó, esta da beira baixa, também herdei há mais tempo esta relíquia que guardo com grande carinho, sobre a qual já falei anteriormente.

A máquina de costura é uma pequena maravilha, que não foi prenda de Natal, mas sim de aniversário, da Margarida para a Matilde, que a tem usado com tanto afinco que já tem as agulhas tortas ;)

8 Comments

  1. Olá, parabéns pelos seus trabalhos. Com um post a falar do Algarve, não resisti e deixo aqui umas palavrinhas. Ainda à pouco tempo na feira da Serra em Loulé algumas senhoras vendiam os seus trabalhos. A minha avó paterna que vivia na raia da serra de Monchique, mas do lado alentejano (concelho de Odemira) também aproveitava todos os restos e fazia sacos de retalhos, todos costurados à mão, sem máquina de costura, felizmente consegui ficar com alguns ;)

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  2. Como eu adoro estas pequenas relíquias que se herdam… eu tenho uma “tampa” para o copo de água que a minha bisavó fez… e a minha avó materna era de peniche e fez muitas rendas de bilros… :)

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