terras de miranda

Já fomos e já voltámos da nossa viagem ao nordeste transmontano.

É uma zona do país que sempre despertou interesse, seja pelo artesanato, seja pelos costumes e tradições ainda preservadas, seja pelo orgulho na sua identidade, expresso principalmente na língua local, que é 2ª língua oficial do nosso país – o Mirandês.

No entanto, nunca lá tinha estado…

O motivo principal foi o festival da música e intercéltico de Sendim. Fomos em comitiva familiar, numa viagem de estudo para aprender mais sobre as sonoridades da gaita transmontana e descobrir novas canções tradicionais para o nosso cancioneiro.

Do artesanato ficámos todos encantados com as capas de honra mirandesas, feitas em burel, todas trabalhadas com recortes aplicados, que chegam a atingir uns impressionantes 13 kilos, que facilmente triplicam quando a capa fica molhada com a chuva…

Visitámos as duas lojas da artesã Maria Susana de Castro, que era nome que já levava na bagagem como ponto de visita obrigatório. Trouxe comigo uma algibeira, exemplo prático do excelente trabalho desenvolvido por esta artesã, na aplicação das técnicas tradicionais de trabalhar o burel, pardo e surrobeco em peças modernas e extremamente apelativas.

Da música já conhecíamos os Galadum Galundaina, e ficámos também fãs dos Lenga Lenga, que abriram o Intercéltico com um concerto brilhante, que primou pelo encontro de várias gerações de gaiteiros em palco.

Da gastronomia, facilmente percebemos que as alheiras e posta mirandesa têm outro gosto quando comidas por lá.

Da paisagem, ficámos extasiados com a beleza do parque natural do douro internacional e à vinda regressámos por Espanha, para admirar a paisagem que se avista do outro lado de Miranda.

Voltámos cansados de 4 dias muito intensos, mas muito felizes :)

6 Comments

  1. não só admiro teu trabalho e aprendo cada vez mais
    como você me apresenta um mundo português que não conhecia
    obrigada por tudo este material sobre a música desta região foi incrivel
    coceira por conhecer Portugal
    monica uma uruguaia morando em Brasil

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  2. Eu também adoro Miranda do Douro!
    è a terra dos meus avós, onde eu ía passar férias em pequenina :-)
    Nem imagina como estes posts me deixam feliz.

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  3. Olá, Rita:
    Assim que li seus comentários sobre o mirandês, fiquei com os dedos coçando, para escrever alguma coisa. Para minha surpresa, vi que o primeiro comentário havia sido escrito pela Helena, minha filha. As duas trabalhamos com idiomas. Como fui professora de espanhol, sempre pesquisei muito sobre as línguas faladas na Península. Tenho alguns textos em mirandês, mas nunca o ouvi. Fico feliz por você ter tido essa oportunidade.
    Sei que o mirandês passou a ser língua oficial há uns dez anos, não é isso?
    Não escrevo mais, porque quando me entusiasmo, não consigo para de escrever (ou de falar, se for o caso). Um abraço da Cecilia.

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  4. Deve ser lindo esse lugar! Meu avô é de uma aldeia da região, chamada Almofala, que eu nunca conheci. Fiquei curiosa em relação ao mirandês! É muito diferente do português oficial? Dá para entender?
    Beijo da Helena

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