Quem me conhece, sabe que sou uma inveterada amante da sétima arte, talvez não saiba é que, “quando era pequenina”, dizia que queria ser realizadora de cinema. A vida e as circunstâncias trocaram-me as voltas a esse plano, por isso, quando passei a fazer parte do Cineclube de Santarém, foi quase como realizar um sonho de criança.
Lembro-me, como se fosse ontem, das visitas que fazia à Cinemateca, e do fascínio que as bobines, os projectores e a película exerciam em mim.
Hoje está tudo muito diferente. Filmes em película já são uma autêntica raridade e os projectores já não têm o glamour de outros tempos.
Por isso, esta semana está a ser especial para todos nós cá em casa. O Ciclo de Cinema Japonês, integrado na semana da Cultura Nipónica em Santarém, começou ontem e dura até dia 30. Caixas e caixotes de bobines escritas em japonês inundaram os nossos dias.
Fiz questão de levar os mais pequenos à sala de projecção e de verem como é que são os filmes. Claro que para miudos da era dvd, tudo aquilo é uma coisa estrannha, mágica e misteriosa: quilómetros e quilómetros de filme enrolados em bobines maiores do que eles é uma coisa que não se vê todos os dias.
Aprenderam mais em 10 minutos do que em todo o dia de escola. E de certeza que da próxima vez que forem ao cinema, vão olhar de maneira diferente para a cabine de projecção. Só é pena que não vão lá encontrar coisas destas, mas sim um simples dvd…