acolchoar

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hoje o dia foi dedicado a fazer aquilo que menos gosto no meu trabalho: acolchoar.
é verdade, assumo-o e já  disse aqui inúmeras vezes que se houvesse um serviço de quilting profissional aqui em portugal, que a maioria das minhas mantas iria lá parar.

a verdade é que é um processo moroso, minucioso e de pura técnica, que me tira muito do gozo do improviso e criatividade do patchwork.

tenho aprendido a fazê-lo sempre cada vez melhor, e verdade seja dita, a aprender também a gostar desse processo.
é verdade que para isso também contribui e muito a minha máquina de costura, mas sobre ela falarei noutra altura.
além da máquina – o principal e óbvio elemento para este tipo de acolchoado – a minha lista de fundamentais resume-se a:

  • walking foot (já não consigo fazê-lo sem ele)
  • uma agulha nova na máquina (acreditem, vale MESMO a pena colocar uma agulha nova cada vez que começam um trabalho de acolchoar à máquina)
  • linha de alinhavar (confesso que muitas vezes tento saltar este passo e arrependo-me quase sempre)
  • alfinetes compridos e achatados (muitos, muitos, muitos)
  • linha de algodão de grossura 50 (quase sempre em tons brancos ou neutros, mas depende muito do trabalho em mãos)
  • batting de algodão (a sério, se nunca experimentaram não sabem o que perdem, e não me venham falar de drakalon, que só me dá vontade de fugir!)

este trabalho que tenho em mãos é composto por vários blocos de half-square triangles em forma de estrela:

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depois de acertar cada bloco final fiz um pequeno triângulo em cada um dos 4 cantos, para que ao juntá-los o resultado fosse este:

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foi uma maneira simpática de usar pequenos restinhos da construção dos blocos e de dar alguma cor àquele espaço branco que aparece na junção dos blocos.

a manta final tem algumas nuances que poderão ver quando estiver toda completa, mas para já posso dizer que o acolchoado será feito à máquina e à mão, tal como fiz nesta, e para está a correr bem…

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as junções dos tecidos coloridos têm os acertos de costuras desalinhados de propósito, para evitar que a peça final tenha um ar demasiado geométrico e possa ser mais orgânica.

já fiz todo o acolchoado à máquina, mas  ainda falta fazer a parte à mão, que será certamente mais demorada, fazer o debrum, lavar e secar para poder depois fazer a merecida sessão fotográfica.

4 Comments

  1. Olá Rita!
    Gosto muito do seu blogs. No segundo semestre pretendo visitar Portugal. Espero dispôr um tempinho para conhecer seu trabalho pessoalmente.
    Eu até gosto de acolchoar, desde que o trabalho não seja muito grande. Aqui no Brasil temos uma manta resinada que adere ao tecido, o que facilita o trabalho de quiltar. Não gosto de alinhavar, por isso uso alfinetes de segurança para manter unidos o topo, manta e forro.
    Um forte abraço. Sônia Pereira.

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