(re)começar

93/100 #100diasnoblogue

o ano leva 9 dias apenas, mas para mim parece que já se passaram 9 meses… tem sido um início de ano cheio de emoções fortes.
na passada semana lancei o desafio do #365blockproject a quem está desse lado, e a receção não podia ser melhor.
ao mesmo tempo, dei início aos projetos que tenho planeados para este ano, cheia de energia, e comecei a desenhar uma nova coleção de quilts aproveitando a calma do princípio do ano, tão contrastante dos dias caóticos do final do ano e das últimas encomendas.

entretanto, porque a vida é mesmo assim, tudo isto ficou em suspenso e foi tempo de me despedir da minha avó paterna, que morreu na passada sexta-feira.
nunca estamos devidamente preparados para estas coisas… mesmo no caso da minha avó, que já tinha uma idade avançada e estava diagnosticada com alzheimer há alguns anos, a verdade é que é sempre um choque quando sabemos que não voltaremos a ver uma pessoa de quem gostamos muito.
o nosso lado racional faz-nos crer que tudo isto faz parte da vida e que a pessoa que parte está melhor assim, sem o sofrimento associado às doenças e maleitas, mas o lado emocional recusa-se a aceitar o tom definitivo que a palavra “morte” carrega.

o luto não se faz, vai-se fazendo. a falta que alguém nos faz não se mede nas lágrimas que choramos ou nos sorrisos que esboçamos quando nos lembramos das coisas boas que passámos com quem já cá não está.

para mim, foi importante escrever aqui, neste que é de certa maneira o meu diário, estas palavras aparentemente sem sentido, e deixar uma fotografia que me faz feliz.
sou e a minha avó, no meu regresso da India, a matar saudades.
é assim que eu quero fechar este parêntesis e é assim que eu me quero lembrar dela: com um sorriso genuíno e contagiante 

e a vida continua*

eu e avó leonor

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