a escola do Tobias


O Tobias começou ontem na Escola de Música.
No infantário ainda não…
Continua a ser uma decisão muito criticada por uns e incompreendida por outros.
Eu trabalho e o pai também, empregos que embora a tempo inteiro nos dão alguma flexibilidade para acompanhar as crianças.
Por isso eles não estão propriamente em homeschooling, embora essa ideia me agradasse muito.
Um dos argumentos que me dão para os levar para o infantário é a “socialização”. Eu entendo os pontos de vista, assim como entendo perfeitamente os pais que optam pelo infantário, embora tenham outras soluções. Aliás, com os primeiros filhos (gémeos) eu optei pela solução infantário logo aos 18 meses. Não digo que estou propriamente arrependida, mas confesso que não me agrada muito o ensino pré-escolar em Portugal, nem a constante competitividade imposta às crianças e nivelamento de comportamentos…
Acho que é importante as crianças manterem uma certa inocência até determinada altura, assim como é importante brincar e até não fazer nada. Deixá-los livres para descobrir o mundo ao seu ritmo e sem imposições exteriores.
Em relação ao convívio com os outros, não me parece que o infantário fosse fazer grande diferença para os meus filhos mais novos. Além dos irmãos, têm primos e outros meninos com quem brincar. São crianças felizes e sociáveis, e apesar de não andarem no pré-escolar sabem brincar com os outros e estar com outras pessoas. Não são nenhuns bichos do mato ;)
Se tivesse orçamento e houvesse alguma escola “diferente” aqui na minha zona, talvez ponderasse a ideia de os ingressar numa como esta, esta ou esta (embora estas escolas sejam infelizmente uma minoria no nosso país). Mas não tenho orçamento para uma escola privada, e as públicas pressupõem que haja sempre uma rede familiar para colmatar as falhas do sistema.
Daí a opção escola de música. O Tobias gosta muito de música e quase toda a gente na família toca um instrumento. Assim, ele aprende uma coisa que gosta e que penso lhe dará grande suporte no futuro escolar, pela disciplina e empenho que a aprendizagem musical pressupõe.
E ele está radiante :)

5 Comments

  1. Quanto a mim o importante é que cada pai/mãe se sinta bem com a sua própria escolha, seja ela qual for. E dificil dizer que há um certo ou errada, porque acho que n se sabe. O importante para mim é fazer aquilo que é certo para cada um de nós. Claro que os que nos rodeiam têm sempre uma opinião sobre tudo, mas isso é algo que não se pode evitar e acontece seja qual for a nossa escolha… A minha filha foi para a creche aos 5 meses e tem tido uma experiência optima. Se calhar noutras condições faria uma escolha diferente. Mas estou bem com esta escolha e ela também. Ela também anda numa escola de música e tambem adora!Boa musica Tobias!

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  2. Concordo plenamente contigo e acho que o instinto de mãe é mais forte que tudo o demais.
    Em pequenina sofri na escola com esse nivelamento que penso ser um absurdo. E acho que sinto pressões desse tal ajustar de personalidade, crenças e valores ainda hoje.
    É antes de tudo um ensino desactualizado.
    As crianças não aprendem a ser elas mesmas e a seu ritmo para passarem a pensar de uma maneira toda igual.
    O resultado desse ensino é a completa descrença nelas mesmas. E mais tarde como adultas falta de auto-estima e um sentimento de culpa misturado com falta de realização. Já que não capazes de preencher requesitos que a sociedade exige.
    Mas adiante.
    O factor alimentação também me preocupa. optei por dar de mamar (isso é uma opção?) e acredito no natural. Sigo a filosofia da macrobiotica e quero ensinar-lhe esses principios. Depois a escolha é dela… mas como hei-de implementar esse regime se na escola se faz o oposto de que lhe quero ensinar?
    Uma boa alimentação é o nosso remedio para o corpo não deveria ser parte integrante da educação? Saber comer correctaente, não deveria ensinar-se e practicar aquilo que se ensina. Pelos vistos nas nossas escolas não se pensa assim.
    Sou mãe e tendo esse título quero fazer o melhor que sei. E o que sei é que as crianças até aos 3 anos não socializam com outras crianças apenas brincam em paralelo. Tmbém sei que um bebé precisa da mãe até se sentir seguro para explorar o mundo, devemos respeitar isso e cada um tem o seu ritmo. Sei que tendo a consciencia de como funcionam estas escolas não me sinto preparada para deixa-la num sitio desses e como vejo não haver mais hipoteses de escolha fico com ela até me ser possível sabendo que isso estáa prejudicar a minha carreira e as nossas economias… sabendo que existem paises com licença de maternidade e com o emprego assegurado até ao seu retorno e o salário pago… Sabendo que há países que investem no seu povo, na sua educação e para já não falar na saúde que estão a investir no futuro a longo prazo e consequentemente como pais!
    E, isto já vai longo, no fundo o que queria dizer é que podemos não ter as condições fisicas, nem os apoios familiares e de amigos e governamentais mas seguimos aquilo que acreditamos. Seguimos o instinto e é bom ver essas escolhas noutras mães que nos fazem ver que afinal não estamos assim tão erradas nem sozinhas.

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  3. coloco a mim mesma a possibilidade do homeschooling há cerca de dois anos. Não só porque isso me permitiria uma maior liberdade em termos de mobilidade, mas também porque me sinto frustrada, furiosa, infeliz, eu sei lá que mais com as escolas que posso pagar…cheguei à conclusão que para levar a ideia para a frente teria que o fazer em inglês. Tanto a australia (devido ás distâncias e isolamento de tantas crianças, como os estados unidos, dizem alguns que principalmente por questões religiosas) possuem redes de apoio extraordinárias. Sei que em Portugal existirá qualquer coisa, mas até agora não consegui descobrir nada de muito concreto. Sei que existem dois periodos de avaliação e pouco mais. Se tivers mais info, eu agradecia imenso!!!! Obrigada por não me deixares sentir sózinha! A gui vai agora para o pre-escolar (em Outubro) é mais um esforço de “reintegração” do que outra coisa. Até hoje mantive-a também em actividades que lhe permitiam socialização sem que ela fosse demasiado “institucionalizada”. MAs é dificil encontrar com quem partilhar estas coisas. MAis uma vez, obrigada!

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