era uma vez um workshop às cores

Já passou quase uma semana do último workshop Cores Amish, mas não podia deixar de o assinalar.

Quando há mais de um ano atrás comecei finalmente a trabalhar com tecidos lisos, estava ainda longe de imaginar que estes passariam cada vez mais a ser parte integrante do meu trabalho.

De facto, trabalhar com cores vivas tem sido um desafio constante e um prazer enorme. Ao usar cores, não podia deixar de olhar para o patchwork Amish de outra forma, o uso que fazem da cor e dos padrões simples, quase que a fazer lembrar composições de azulejos geométricos, é absolutamente incontornável para quem quer trabalhar com tecidos lisos.

Levei cerca de 6 meses a trabalhar e pesquisar para incorporar uma aula sobre este tema no leque de workshops que disponibilizo, e não podia estar mais satisfeita com o resultado.

Trabalhar com cores lisas explora muito mais a criatividade e todas as peças acabam por ter um cunho muito pessoal de quem as executa e facilmente se distinguem umas das outras. Por outro lado, o típico bloco que ensino – o center diamond – é muito fácil de executar, ao mesmo tempo que incorpora algumas técnicas básicas de patchwork e pode ser usado igualmente com tecidos estampados com grande sucesso.

Um dos livros que mais uso como referência é o Amish Abstractions, que é nada mais do que um extenso catálogo da exposição patente em Setembro de 2009 no Fine Arts Museum of San Francisco. A colecção é impressionante pela qualidade e genialidade das peças, que as torna únicas no mundo do patchwork.

E o workshop?…

No workshop tivémos à disposição toda a irresistível paleta de 33 cores disponíveis na ponta da Agulha. A partir daí, a dificuldade era escolher apenas 4 para serem conjugadas e dar origem à peça final.

Houve quem usasse esquemas tradicionais de cores e fizesse reproduções fiéis de peças Amish do séc.XIX, como foi o caso da Isabel, que fez juz à sua faceta de também ela professora de patchwork e executou de forma impecável um mini-quilt em tons de turquesa:

e da D.ª Rosa, que optou também por um esquema cromático clássico, mas em tons de vermelhos:

Houve quem optasse por trabalhar apenas com tons pastel, saíndo assim do esquema de cores forstes tradicional dos Amish, como foi o caso da Hélia:

Quem usasse um esquema sóbrio mas muito harmonioso, pensado para condizer com uma antiga manta de patchwork, como foi o caso da experiente D.ª Ermesinda, que já em pequena aprendeu com a mãe a “juntar trapos” e para quem foi uma enorme alegria voltar a fazer patchwork:

Houve ainda quem subvertesse completamente as regras de maneira genial. Foi o caso da estreante Ana, iniciada no mundo da costura e que surpreendeu toda a gente ao não adoptar um esquema simétrico para a sua peça:

E ainda a já repetente Ana, que demonstrou o quanto tem aprendido desde que a conheci em Dezembro de 2009, e fez a sua peça em tempo recorde, usando um esquema de cores vibrantes, perfeito para o verão:

Resta-me agradecer a tod@s o apoio incondicional que me têm dado nesta caminhada, e dar os parabéns a mais um fantástico grupo de alunas brilhantes, com quem é sempre um prazer trabalhar!

Agora os workshops vão entrar de férias e espero retomar a actividade em Setembro.

Quanto ao blogue, ainda não vai entrar já de férias, por isso vou fazer os possíveis para voltar aqui com mais frequência ;)