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muitos dos meus quilts acabam na parede. não só nas da minha casa, como nas dos outros.
uma das coisas que sempre me agradaram no patchwork é essa capacidade de agregar pedaços aparentemente dispersos e disconectos, dando-lhes uma nova vida, uma nova cara, serem algo de novo.
os quilts e almofadas que faço são objetos utilitários, é claro. mas gosto que sejam bonitos, e que o conforto vá para além do material, fazendo com que as pessoas se sintam bem por olhar e usar uma coisa bonita.
já tinha várias vezes, ao longo destes 6 anos de trabalho, pensado em fazer peças para serem emulduradas. para serem apenas olhadas, sem outra função material que não seja essa – olhar.
nunca o cheguei a fazer. até este fim de semana.
no meio da minha azáfama diária olhei para umas molduras que tinha comprado propositadamente para emoldurar umas quantas fotografias especiais, e então resolvi fazer “qualquer coisa” para lá colocar…
e assim foi: peguei em pequenos blocos abandonados (que os tenho aos molhos…), que nunca chegaram a materializar-se em nada de concreto, que nunca se transformaram numa peça inteira.
lembrei-me, como me lembro sempre, do dia em que os fiz, do que estava a pensar, do que me levou a escolher aquelas cores e não outras e reconstituí-os.
o resultado é este…
diz quem já os viu, que são muito bonitos [obrigada :)], mas que é estranho ver assim as minhas peças através de um vidro, sem poder tocá-las, senti-las, cheirá-las, passar com os dedos por cima dos pespontos.
acho que era precisamente essa a intenção.
Lindos! Vais levar ao Chiado?
Gosto de te ver de volta ao activo, a fazer coisas bonitas e a surpreender, sempre!! Já tinha saudades de ver coisas novas.
Joana
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