diário de viagem – parte I

viajar, experiência cada vez mais vista como um luxo e apenas ao alcance de alguns, é uma experiência obrigatória e necessária para todo e qualquer ser humano.
porque não há nada como ver, com os nossos olhos, como é o mundo que nos rodeia.
porque não há nada como olhar, olhos nos olhos, as outras pessoas que habitam este planeta. tão diferentes, mas tão tão iguais a nós.

da India podia dizer uma série de lugares-comuns, frases feitas e confirmar citações sublimes.
se assim fosse ,diria que é a Terra dos extremos: da riqueza e da pobreza, da beleza e da fealdade, do bem e do mal, do sagrado e do profano, etc, etc, etc…
também podia dizer que é uma overdose para os sentidos, todos eles e mais algum houvesse, utilizados em escalas que julgávamos não ser possível existir.
a gradiosidade das vistas e profusão de cores,
os cheiros inebriantes a habitarem toda e qualquer molécula de ar respirável,
o exotismo dos sabores que julgávamos até então ser impossíveis de exprimir,
a pedra e o tecido usados como materiais das mais orgásmicas experiências tácteis.

mas não. não vou dizer nada disso. porque não conheço palavras que descrevam a India.
direi apenas que é uma experiência por si só.
lugar de passagem obrigatória nesta vida.
também não vou dizer que mudou a minha vida, mas direi, certamente, que a minha vida mudou depois de lá ir.

viajar é crescer, aprender, engrandecer.
crescer com a experiência de vida que qualquer viagem, por mais curta que seja, nos ensina.
aprender, com a diversidade de vermos outros modos de ser e estar, tão diferentes dos nossos.
engrandecer com tudo aquilo que trazemos na bagagem: um olhar renovado acerca do mundo e da nossa própria realidade.

mais de um mês depois de estar de volta, acho que agora chegou, finalmente, o tempo de aterrar e integrar esta experiência.
“(my) journey´s just begun”

próxima paragem: Kathmandu.

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