esta é uma daquelas mantas que levou o seu tempo a estar terminada. mais concretamente CINCO ANOS. sim, leram bem… 5 anos!
foi feita em janeiro de 2010 para ilustrar um workshop de quadrados. na altura entusiasmei-me com o padrão do tecido que lhe dá o nome (que entretanto já ganhou 4 novas cores), e acabei por fazê-la em medidas bastante generosas: 1,50m largura x 2 m largura.
resultado: acabei por não a acolchoar logo, por saber que me ía dar bastante trabalho e dores de cabeça, normalmente só acabo peças destas dimensões mediante encomenda.
(não é novidade e nunca o escondi: a parte que menos gosto de fazer nas mantas de patchwork é mesmo a parte final – acolchoar. vivesse eu na américa, ou houvesse por cá estes serviços, certamente que enviam algumas das minhas maiores mantas para serem acolchoadas por profissionais, com bastante experiência e máquinas especiais para o efeito.)
por isso, ando sempre a pensar em formas de facilitar e melhorar o processo de acolchoar mantas de maiores dimensões. inspirada nas mantas de trapos antigas portuguesas, entre as que guardo como relíquias e as que vou descobrindo por aí, resolvi fazer um tipo de acabamento que não leva batting (tela de algodão que podem encontrar aqui) e no qual o patchwork é diretamente cosido a uma colcha. nas antigas mantas o patchwork é normalmente cosido a um cobertor antigo, e quase nunca são acolchoadas.
fazer o acabamento desta maneira torna mais fácil trabalhar grandes dimensões numa vulgar máquina doméstica, e não compromete por aí além a estética da peça, na minha opinião. já o fiz várias vezes, com resultados bastante positivos, e esta manta é mais um exemplo desse tipo de acabamento.
outra coisa difícil em mantas de maiores dimensões, é fotografar. o ideal seria ter um setting sempre preparado para esse efeito, com uma cama onde pudesse colocar a manta numa das suas funções, mas ainda não foi nesta casa que consegui criar esse espaço. apesar de grande, todas as divisões fazem falta a uma numerosa família ;)
na casa antiga, tinha uma porta na sala que era a minha moldura de eleição para fotografar as mantas. recebia luz natural durante grande parte do dia, e as portadas de madeira crua eram o enquadramento ideal. nesta casa também temos uma bela porta na sala, ainda maior que a outra, mas as portadas estão pintadas de branco. embora pareça que até seria favorável para a fotografia, a verdade é que ainda não me habituei ao backgroung todo branco e ainda não me enamorei completamente por esta nova “moldura”… será certamente uma questão de hábito, e principalmente de conseguir encontrar alguns adereços que ajudem a contrabalançar o branco de fundo.
desta vez, usei um banquinho de madeira e o bouquet de flores artificiais que imortaliza aquele que foi o meu bouquet de noiva. a verdade é que parece ter sido feito de propósito para esta manta.
para completar o setting, nada como a presença do meu fiel mini-ajudante, que não pára quieto e corre a casa toda de uma ponta à outra :)