há demasiado tempo que não escrevia neste espaço. para ser precisa, o último post que fiz data de 23 de maio de 2019 e hoje é dia 23 de fevereiro de 2021. desde que comecei este blogue em 5 de fevereiro de 2007, passei por várias fases: umas em que escrevia todos os dias, outras em que passava meses sem escrever. mas ao longo destes 14 anos de existência do “ritacor” nunca tinha passado tanto tempo sem aqui vir.
os motivos são vários. primeiro, porque o facebook acabou com os blogues, segundo porque o instagram veio afastar ainda mais as pessoas de tudo o que não é imediato e que vive do “like” e terceiro porque o tempo não chega para tudo.
entre fazer o meu trabalho, manter a loja (e sim, o facebook e o instagram), estar presente para os meus filhos e viver a minha vida, acabei por perder o hábito de me sentar a escrever.
mas este espaço há muito que deixou de ser escrita. assumi que seria sempre uma montra do meu trabalho, um portfolio em constante atualização, um registo daquilo que faço, uma memória das peças que foram viver para os quatro cantos do mundo.
ao longo destes 2 anos é claro que não estive parada. quem me segue nas redes sociais pode ir acompanhando o que faço, e essas pessoas provavelmente nem se aperceberam que faltava este link na historia ritacor.
mas eu notei. quando preciso de rever uma peça, encontrar uma fotografia, localizar uma memória, tenho sentido a falta que me faz ter este espaço atualizado. por isso, aqui estou. para recomeçar.
pouco a pouco vou tentar ir fazendo posts sobre as peças que fiz e que aqui não estão, mas agora, se é de recomeços que estou a falar, começo por partilhar as ultimas duas mantas que fiz e as histórias por detrás delas.
DENIM & COLOURS

estas duas mantas são gémeas.
são ambas feitas de ganga reciclada, proveniente de jeans, e tecidos de algodão, têm o mesmo tamanho e o mesmo acabamento.
no entanto, não foram começadas ao mesmo tempo…
a da direita, na foto, foi começada há mais de 2 anos, ainda no meu atelier pop-up.
por uma série de razões, nomeadamente ter dado prioridade a outros trabalhos na altura, acabou por ficar na gaveta dos “projetos em curso”, à espera da sua vez de nascer.
a outra, à esquerda, foi a última manta que comecei em 2020, depois de ter terminado as encomendas de Natal e me ter apetecido fazer blocos hourglass, só porque sim.
no princípio do mês peguei nelas as duas, vi que havia muitas semelhanças entre elas, e decidi que as ía terminar assim, tonando-as gémeas. no passado fim de semana acabei todos os pormenores chatos dos acabamentos (acolchoar, aparar à volta, debruar, lavar e estender a secar) e ontem sai com elas ao miradouro ao pé de casa para uma sessão fotográfica.
o resultado foi tão bom, e foi uma tarde tão bem passada nestes dias de confinamento, que não podia deixar de partilhar.
as mantas foram feitas no que eu chamo “à portuguesa”, que é uma manta de patchwork sem enchimento (batting), cosida diretamente num tecido grosso. na para a parte de trás usei um tecido que comprei na India há imensos anos e que se revelou perfeito para a ocasião: uma manta azul indigo, feita inteiramente com fio de desperdício têxtil proveniente da ganga.
se quiserem saber mais pormenores, como as medidas, preço, etc., basta espreitarem a loja online.
Obrigada <3









Que bom e que saudades. Não quis fazer perguntas pessoais pois nos tempos que correm as notícias podem ser desoladoras. Que bom vê-la tão lindas, com mantas também lindas,
Fotos para apreciar devagar. Tudo de bom para todos da família. Por aqui tudo bem até ver.
Xi-coração
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Obrigada Meri!
por aqui, felizmente, estamos todos bem. o instagram tem sido a minha janela para o mundo, mas preciso mesmo de voltar a este espaço :)
Um abraço*
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