Hoje também foi dia de sair à rua.
Se celebrar o primeiro dia do resto das nossas vidas.
De agradecer a página em branco que Portugal recebeu para escrever o seu futuro.
De honrar os que resitiram, os que foram mortos, os que foram presos e torturados ao lutarem pela liberdade.
De homenagear Salgueiro Maia, aquele homem simples, de convicções e rectidão moral, que conduziu a coluna militar daqui, Santarém, até Lisboa para derrubar o regime.
“Há os estados socialistas, os estados capitalistas e…. há o estado a que chegámos!
Eu proponho-me a acabar com o estado a que chegámos!
Quem quiser vir, vai formar lá fora, na parada. Os que não quiserem, ficam aqui. Há dúvidas?…”
E foi com estas palavras que se dirigiu aos soldados na noite de 24 para 25. Todos rumaram a Lisboa.
Os que ficaram, foi para fazer guarda ao quartel, porque segundo os relatos directos de quem viveu esse dia, estavam todos prontos a seguir o Capitão Salgueiro Maia.
E importa dizer sempre que não houve sangue derramado. Os 5 mortos da Rua António Maria Cardoso, foram assassínios da PIDE. Por ironia do destino, um desses PIDES que matou cidadãos na rua, recebeu de Cavaco Silva enquanto primeiro ministro uma pensão “por serviços excepcionais ou relevantes prestados ao país”, pensão essa que tinha sido anteriormente negada a Salgueiro Maia pelo mesmo primeiro ministro. Parece que esta gente tem mesmo a memória curta….
Cabe-nos a nós preservar a verdade dos factos e honrar a memória.
VIVA O 25 DE ABRIL! VIVA A LIBERDADE! VIVA SALGUEIRO MAIA!
Engraçado, eu escrevi sobre o gajo que estava do outro lado da mira, na cena mítica terreiro do paço. Aquele que recebeu a ordem para disparar contra o Salgueiro Maia, e não disparou :)
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Infelizmente o 25 d eAbril tornou-se em muitos (demais) locais a “Festa da Memória que é Curta”!! Adorei os teus posts sobre este dia. Obrigada por partilhares.
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