tenho aprendido muitas coisas com a exposição. tem sido uma experiência muito gratificante, mesmo! seja pelo facto de poder mostrar diretamente às pessoas o meu trabalho, e estas poderem tocá-lo e senti-lo, além de ver, seja porque tenho conhecido imensas pessoas novas e todos os dias posso dizer que aprendo algo de novo.
a expressão “preto imaginário” é uma dessas aprendizagens recentes…
a D.Rosa é uma senhora de 71 anos, que há 60 anos trabalha na mesma rua onde está a minha exposição. foi para lá trabalhar numa casa de tecidos como ajudante de balcão aos 11 anos, e toda a vida se dedicou a atender clientes, sempre no ramo dos tecidos, retrosarias, passamanarias e pronto-a-vestir.
foi ela que me explicou o que era “preto imaginário”, quando lhe mostrei a ultima manta que fiz. ao olhá-la de perto, e enquanto lhe explicava que era feita de vários tons de preto, ela corrigiu-me:
“menina, não há vários tons de preto! preto há só um! o que há é a cor que chamamos preto imaginário, que corresponde a todos os tons fora do preto, mas demasiado escuros para serem cinzento!”
e lá me foi dizendo que era esse o nome técnico que era dado a todas as cores tecidos pretos, que não eram bem pretos. e eu fiquei contente de ter aprendido mais uma coisa :)
quando voltei a olhar para a manta, que ainda não tinha nome, percebi imediatamente que tinha ficado batizada!
os tecidos, monocromáticos na escala do preto&branco, têm ilustrações tão fantasiosas e surpreendentes como coelhos, plantas, máquinas de escrever ou simples padrões geométricos. um autêntico mundo imaginário, vindo diretamente da coleção “Black & White” – uma colaboração coletiva dos designers da Cotton & Steel.
a estes padrões, adicionei pequenos blocos em cores lisas (black, bone, coal e iron) da Ponta da Agulha. para debruar, usei tecido de letras em preto e em branco, que é um dos que já tinha usado para fazer o Bookshelf Quilt II.
não usei enchimento, e pespontei diretamente com linha preta numa colcha preta de algodão.
está disponível para quem a quiser levar para casa,
e pode ser vista até 30 de setembro no nº 44 da Rua Capelo e Ivens, em Santarém!
Uma manta belíssima. :)
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Obrigada! :)
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Olá Rita, gostaria muito ver o teu magnífico trabalho de perto.
Espero poder visitar a tua expo em Santarem mas ainda não sei bem quando.
Muitos parabens!!
Dalia
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Obrigada pelo teu comentário Dália :)
Se puderes vir até Santarém, terei todo o gosto em receber-te e conhecer-te pessoalmente!
Um abraço*
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