Este ano consegui escapar-me totalmente à febre do Carnalval!
Não gosto mesmo nada da piroseira pegada de fatos caros e samba luso-brasileiro! Parece-me tudo demasiado artificial e comercial. Mais uma época para gastar dinheiro…
Se me falarem dos caretos e do carnaval transmontano, aí sim. Já me dizem alguma coisa e me fazem gostar de celebração. Fora isso, em Porugal, soa-me tudo a falso. Porque o carnaval tem as suas origens em manifestações populares subversivas e pagãs, e o que assistimos hoje em dia é tudo menos isso.
Também me agrada o Carnaval de Veneza com as suas máscaras, que nunca tive oportunidade de ver de perto, mas espero um dia fazê-lo.
Tal como a Rosa, não me considero nada fundamentalista, até porque já tive a minha dose pirosa de fatos made in china. Mas quando era miuda o carnaval também não me seduzia muito: a única coisa que me agradava era poder sair à rua com os meus fatos favoritos sem ser olhada com admiração… é que os meus (queridos) avós eram pessoas muito viajadas e por onde passavam traziam um fato tradicional. Assim, tinha (e ainda tenho alguns!) uma invejável colecção de fatos portugueses (madeirense, açoriana, minhota, nazarena…) e estrangeiros (sevilhana, quimono japonês, sari indiano, kaftan marroquino, baiana do candomblé…) que me davam imenso gozo de usar, e tudo a perceito com os respectivos acessórios (sapatos, adereços e bijutarias).
Acho que o meu gosto por coisas “exóticas” e diferentes vem mesmo desses tempos!
Claro que na minha escola todas as meninas se mascaravam à dama antiga e os meninos eram cowboys ou zorros.
Quando tive os gémeos nunca fiz questão de os mascarar, mas para ser sincera nunca me opus muito a isso. Por isso os nossos amigos ofereciam-lhe fatos de carnaval, que acabavam por usar como todos os meninos da escola.
Agora já são crescidos e não gostam dessas coisas! Para ajudar (à mãe, leia-se) como são rapazes não são muito de mascaradas nem fatos espampanantes.
Quanto aos mais pequenos, felizmente ainda estão imunes a essas coisas. Não andam no Jardim Infantil, por isso não são assediados com o Carnaval.
Espera-se uma quadra calma, caseira e descontraida, aproveitando a ponte para ver filmes recebidos no Natal, que ainda nem saíram das caixas por falta de tempo (que o cinema por aqui é um ritual e não dá para ser entalado no meio dos afazers rotineiros diários), e para acabar alguns projectos pendentes. :)
(qualquer semelhança entre o título deste post e uma recente campanha publicitária de mau gosto é pura coincidência.)
olá conheci teu blo hj e amei! parabéns teus trabalhos são lindos! eu sou brasileira e não gosto nem um pouco do carnaval, parece-me totalmente apelativo, algo q tem como objetivo mostrar um país, com mulheres nuas ou seminuas, como se isto fosse o melhor d nosso país…..acho deprimente! bjão! vou linkar vc no meu blog só pra vir aqui t visitar e apreciar teus trabalhos! bjao! :)
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Gostava de ver esses trajes típicos! Uma vez mascarei-me de holandesa porque os meus pais trouxeram de terras “longínquas” a fatiota. O que custou mesmo foi andar de socas de madeira…
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